sábado, 7 de março de 2009

O poema que se segue foi escrito com o intuito de demonstrar o amor e gratidão que sinto pela terra onde nasci, terra essa que sempre tentarei honrar pela minha vida fora. Optei pelo exemplo dado por Miguel Torga que nos seus poemas exaltava o seu percurso através dos caminhos de ferro em trás-os-montes, caminhos esses que de alguma medida estão prestes a ser suprimidos, mergulhando apenas o nosso pensamento nas memórias de alguns seres eternos ali passadas.


O centro do meu mundo


Terra fria!

Longínqua e sombria

Pequena em comprimento?

Grande em alegria.

Vivo nela desde sempre

Sempre nela viverei

Se longe dela estiver

No coração a terei.

Gente acolhedora e feliz

Neste cantinho de harmonia

Quem vem e vai sente saudade,

Amizade e alegria.

Há vilas, cidades e campos

Há lagos, ribeiros e fontes

Querem saber de quem falo?

Falo de Trás-os-Montes.


Joni Ledo
O dia da semi liberdade


Já não sei quem orienta

A sensação do que está vivo

A sonhar com o futuro me contento

Esse teu crescer. Estou contigo

Caminho mudando mentalidades

Tento passar a informação

Do tempo que não deixa saudades

Aquele tempo de repressão

Alguns anos se volveram

Mas as feridas sempre ficam

Daqueles que muito sofreram

Antes e durante, agora brincam

Com a sua própria dor

Esses quero venerar

Por eles sinto muito amor

Não perco tempo a saudar

São a luz de uma parte

Toda ela nunca se conquista

Podes até ter certa arte

Podes ser muito artista

Sou livre na minha prisão

Estou preso na solidariedade

Quero soltar meu coração

Quero dizer: viva a liberdade!

O 25 é um número santo

Que santo estranho; sem pecados

Com o mês de Abril me encanto

Pelos que nele foram libertados

Dizem que isto é ser extremista

Eu pergunto qual é o problema

Pior é ser egoísta

Não dar asas a outro tema

Para acabar, finalizando

O pensamento não vai em vão

Não tenho problema em dizer

Viva a revolução!


Joni Ledo

sexta-feira, 6 de março de 2009

Problemas De Fundo


Portugal um pais onde lidera a insatisfação pelas politicas elaboradas e pelos opiniões politicas e a maneira como a politica é feita não tem conseguido tomar conta da sua situação em relação à escolha partidária visto que as pessoas não se conseguem desprender de determinados valores que lhes foram incutidos desde crianças. Vivemos um clima de querer mudar sem nada fazermos para que isso aconteça. Acho que dizermos que não concordamos não é suficiente, para além de sabermos argumentar o porquê de não concordarmos devemos expor ideias que nos pareçam mais acertadas. Acho que as pessoas olham muito a politica como forma de adquirir fundos monetários e não tanto na melhoria das condições de vida das pessoas e dos seus direitos, que é quanto a mim a coisa que mais se deve prezar. Adoro a minha liberdade e apesar de não ter lutado por ela, orgulho-me de quem o fez em meu nome, mas a liberdade não se adquiriu isto apenas foi um grande passo na evolução. A liberdade é um bem precioso que devemos preservar. Hoje em dia as pessoas são livres de optar mas nem por isso as ideias mudam, por vezes influências exteriores mudam ideias que nos parecem obvias. Isto não acontece só com alguns, é um mal comum. Se a sociedade evoluiu, nós também podemos evoluir na forma de pensar, para acompanhar a sociedade. Este clima de insatisfação existe, mas a maioria não tem a coragem suficiente para dizer não e romper com os princípios tradicionais, a maioria os quais ultrapassados. Porque não sermos radicais em determinados princípios em que não nos enquadramos? As pessoas mais lembradas são as que lutaram pela sua causa, e daí surgiram efeitos com que nos deparamos diariamente. Muitos deles devido à repressão sentida abandonaram a critica social, mas os mais fortes conseguiram levar as suas ideias para a frente, mesmo em alguns casos em detrimento da própria vida, porque os nossos ideais são muito mais importantes do que o nosso corpo enquanto Homem. A vida de uma simples pessoa que luta pelos seus ideais fica bem paga por si mesmo, por morrer por aquilo em que acredita e é uma perda não significativa tendo em consideração as vidas que essa simples pessoa pode alterar pela sua coragem. O difícil não é pensar de forma diferente, o difícil é admitirmos a maneira como pensamos, com medo de represálias quer a nível físico, quer a nível profissional, porque muitas coisas podem ser mudadas a nível profissional por uma simples opinião partidária. Eu tenho opiniões formadas em determinadas áreas provavelmente a maioria delas fogem ao comum porque em pertenço a uma minoria, que são os que tentam mudar o rumo das coisas a troco de nada, o que não e fácil encontrar num pais conservador como é o nosso e uma simples palavra pode quebrar a corrente, e quando uma palavra afecta a pessoa errada temos que arranjar argumentos para não sermos expulsos de uma determinada comunidade, não vou dizer que nunca me aconteceu porque isso acontece a toda a gente, apenas alguns lutam e não viram a cara a luta e outros trocam pensamentos por cargos e dinheiro, orgulho-me de defender a verdade acima de todas as causas e não ter problemas em relação ao que isso vai causar, porque a força e a vontade de mudar superam tudo. Reprovo mas não condeno a mania de as pessoas verem opções politicas como opções clubistas, isto é, principalmente em meios pequenos considera-se que apenas os grandes “têm voto”, é interessante que a maioria das pessoas se dizem de um partido por mera descendência familiar, outros votam porque esse partido esta mais bem colocado para vencer, outros ainda por simples simpatia, simpatia essa que eu comparo a minha opção por um clube de futebol, que deve ser bem diferente, porque eu escolho um partido pelas ideias e pela maneira de ser e fazer politica e não por símbolos ou pela sua história, porque a história é passado e nós estamos a tentar caminhar para o futuro onde tudo é, ou pelo menos deveria ser bem diferente do passado, porque se existem pessoas no passado da nossa nação que eu admiro, mais são as que eu reprovo pelas suas atitudes, devemos ser abertos a mudanças e não estar fechados no nosso mundo. Não podemos ser mentirosos ao ponto de dizermos que não achamos o nosso ponto de vista o mais correcto, porque todos somos assim, é um ideal que defendo apesar de achar que os extremos não devem ser atingidos, e que mais do que comprovarmos a nossa teoria devemos tentar perceber outras que à primeira vista não nos fazem sentido. A palavra do “outro” é muito importante e a diferença de ideias e essencial para o nosso desenvolvimento enquanto pessoa, agora sou totalmente contra a quem defende umas ideias e na prática não as pratica, e acho que na politica se utiliza muito isso, vamos ser claros e mostrar tudo o que à para mostrar e não apenas mostrarmos o que à de bom. Não sou da ideia de roubar os ricos para dar aos pobres, porque quem tem louvores e porque teoricamente trabalhou para os ter, agora acho que os mais carenciados deviam ser ajudados não apenas a nível de fundos mas sim também para os saberem gerir pelo melhor. Defendo quem trabalha e quem se esforça para que o nosso pais avance e luto por aqueles que têm ideias diferentes e se fecham no seu canto sem as expressar e mostro o meu desagrado pela sociedade muito menos aberta do que demonstram, porque se regem pelo que fica bem e não pelo melhor. O que eu faço não e tanto dar a conhecer as minhas ideias mas sim dar coragem a outras pessoas para que possam também elas expressar as suas, porque são as ideias que fazem mover o mundo e muitas dessas ideias pré concebidas quanto a mim já não fazem sentido e deviam ser alteradas. Todos os que derivam da mesma base politica que eu, não têm necessariamente que ter ideias idênticas apesar de defendermos os mesmos ideais porque os variados assuntos têm sempre várias perspectivas em que se pode pegar, fica em suma a luta social pela a igualdade entre todos, e lutarei sempre pelos direitos humanos que é o bem, quanto a mim que mais devemos prezar.


Joni Ledo






Assembleia Da Escola Ciências Humanas E Sociais




Na quarta-feira passada realizaram-se as eleições para a AE da
Escola de Ciências Humanas e Sociais. Duas lista foram sujeitas a sufrágio, sendo uma delas, a Lista A uma lista segundo fontes próximas formada pela AAUTAD, e a Lista B formada por mim próprio com o objectivo protestar a má gestão da Utad e dos órgãos representativos dos alunos, e a bem da democracia. Como foi de inicio pensado esta lista procurava obter 10% dos votos e mostrar que o grupo de descontentes nesta escola é acentuado, visto que considero que quem se abstém também está descontente. Era de inicio óbvio que a Lista B não iria eleger ninguém até porque não se propôs com esse objectivo. Os votos que me contentam não são apenas aqueles 57 por mim conseguidos mas também as 2044 abstenções. O descontentamento é enorme e deve aumentar para o poder existente na Utad ser desmembrado. Sem surpresa foram eleitos para os 3 lugares vagos da Assembleia os 3 primeiros elementos da Lista A.


Lista A:

- Carlos Almeida - Ciências da Comunicação
- Armando Sousa - Economia
- André Silva - Psicologia
- Ana Moutinho - Serviço Social
- Samuel Oliveira - Animação Socio-Cultural


Lista B:
- Joni Ledo - Psicologia
- Ana Mourão - Psicologia
- Laura Marques - Psicologia
- Elisabete Costa - Psicologia
- Bárbara Santos - Psicologia



Escola de Ciências Humanas e Sociais


Estudantes
Total de votantes: 586
Votos brancos: 16
Votos nulos: 11
Votos na Lista A: 502
Votos na Lista B: 57
Abstenções: 2044


Os Três representantes dos estudantes:
Carlos Jorge Magalhães Almeida
Armando José Gonçalves Lage Sousa
André Manuel Marques Silva


Joni Ledo


Alunos De Psicologia



Censura nas eleições para o núcleo de psicologia




Num curso em que era suposto as pessoas terem mente aberta e aceitar tudo e todos, uma lista foi praticamente impedida de participar no acto democrático que são as eleições. Após 4 adiamentos sucessivos das eleições que perfaz um mês, parece irónico não é? É o curso que temos.

Aquando da fixação das listas as eleições foram adiadas sem o consentimento de uma das listas. Um elemento exterior a lista, supostamente, arrancou os cartazes que restavam da outra. Como vemos a Utad e em especial o curso de psicologia sofre de um problema de democracia extrema, visto que se passa por cima de todos para obter determinados fins. Mais interessante ainda, um dos argumentos para o adiamento das eleições foi que não se podem realizar duas eleições no mesmo dia. Da maneira que este pais é propício a eleições vamos ter que andar todo ano a votar. Algumas pessoas que adiaram as eleições têm interesse na assembleia de escolas fazendo jogo duplo. Como se vê os decretos voltam a ser violados visto que eles fazem campanha no dia de reflexão e até no próprio dia das eleições. Mostrar indignação ou consentir? O que se acha mais simples é o que se costuma fazer e neste caso é consentir. Que adianta ter a razão do nosso lado se não tiramos nenhum proveito dela. Toda a gente sabe que todos os actos “democráticos” na Utad não passam do nome porque de democracia nada têm, o mais revoltante é que ninguém faz nada para isto mudar. Já não basta o núcleo do curso estar na falência, como ainda existem pessoas que se dizem donos do núcleo que teimam em achar que têm direito por “hereditariedade” ou por alguma hierarquia por eles estabelecida, só que as vozes incómodas têm que ser caladas veremos o que se faz a esse respeito.

Joni Ledo